{ "@context": "https://schema.org", "@graph": [ { "@type" : "Organization", "@id": "/#Organization", "name": "Portal Obidense ", "url": "/", "logo": "/images/1444164888ipal_352x125.png", "sameAs": ["https:\/\/www.facebook.com\/obidense","https:\/\/www.instagram.com\/portalobidense\/?hl=pt-br","@saiteobidense"] }, { "@type": "BreadcrumbList", "@id": "/#Breadcrumb", "itemListElement": [ { "@type": "ListItem", "position": 1, "name": "Portal Obidense ", "item": "/" }, { "@type": "ListItem", "position": 2, "name": "Eduardo Dias" } ] }, { "@type" : "Website", "@id": "/colunista/7/eduardo-dias#Website", "name" : "Eduardo Dias", "description": "", "image" : "https://img.cmswebsg.com.br/obidense-br.parainforma.com/image?src=/images/colunista/7/7_28072024123604.jpg&w=1200&h=630&output=jpg", "url" : "/colunista/7/eduardo-dias" } ] }
Perfil
Último post 18/12/2024

Eduardo Henrique Chaves Dias

Obidense, nascido no dia 12 de setembro de 1962, Eduardo mudou-se para Belém no começo da adolescência “com uma viola festeira, uma modinha de rio” e iniciou sua carreira aos vinte anos de idade, com serestas acompanhadas por cavaquinhos. A intimidade com este instrumento musical o fez participar inclusive de um festival de chorinho, mas o cavaquinho logo foi substituído pelo violão, que se tornou seu fiel companheiro. E foi com seu violão que ou a se apresentar nos bares da noite de Belém, subindo com este ao palco pela primeira vez em uma apresentação que ficaria assinalada como um marco de sua carreira: na semana de Artes da Universidade Federal do Pará, evento realizado em virtude da comemoração dos vinte e cinco anos de implantação da Universidade, Dias soltou a voz publicamente ao lado de vários artistas já importantes na época, entre os quais Altino Pimenta, Alfredo Reis, César Escócio e Rafael Lima. E não mais parou de cantar, composições próprias e de outros autores regionais; ele que estava há mais tempo condenado a criar músicas e poemas.

Sempre vibrando com os ritmos amazônicos Eduardo Dias protagonizou no palco novos momentos marcantes de sua carreira. Em 1987, aos vinte e quatro anos, fez “Cheiro de Maresia”, acompanhado por uma banda composta por músicos ecléticos, através do projeto Clima do Som, da Associação dos Compositores, Letristas, Intérpretes e Músicos do Pará. Com alusões ao homem amazônico que mora na beira do rio, Dias conquista definitivamente seu público, que não mais se restringia aos universitários, congregando um universo muito maior de iradores do lirismo com que declara sua paixão incurável pela cultura legitimamente amazônica e pelas belezas naturais desta região. Dois anos depois, em março 1989, no show “Mato Matado” cuja temporada teve início em Belém no teatro Waldemar Henrique e desdobrou-se em Santarém, durante a Semana de Cultura, e em Óbidos, no salão paroquial, Eduardo pode confirmar outra vez o reconhecimento pelo público de seu talento extraordinário. Cantou músicas de sua própria autoria como “Canto para Despertar” . Esta, que recebeu uma premiação no festival do Baixo-Amazonas em 1987, impulsionou a abertura da porta para o caminho da vida artística fora do Estado: cantou no SESC de Santos, no Estado de São Paulo, dividindo o palco com outros artistas paraenses que já faziam sucesso no eixo sudeste.

O primeiro compacto duplo “Lira d'água”, foi lançado, em 1986, na Casa da Cultura de Santarém, em que a música “Água” desponta tornando-se a mais conhecida deste cantor e compositor. Mas é com “Estrela Negra” seu primeiro LP, que data o ano de 1991, que Dias se consagra como músico “engajado na defesa radical da cultura regional, da qual a música é seu produto de maior lance (...). O disco vem reafirmar o movimento regionalista (...) contrário à marginalização dos valores locais.” (Jornal Diário do Pará, 1991). “Estrela Negra” traz 10 músicas de diversos ritmos: oito composições de Eduardo, além de ”Dança da Mata”,de Beto Paixão, e “Tocaia”, de Mario de Moraes e Sidney Piñon. No disco de vinil, Sarakura-mirá, reafirma a resistência aos produtos comercializados pela indústria cultural tratando novamente de temas regionais.

Eduardo Dias conquistou seu espaço no cenário musical com uma música imbricada de leveza regional, sem superproduções, destoante daquilo comercializado pela indústria cultural ao não se comprometer com modismos.

A sensibilidade intrínseca para a escrita resulta em poemas que mais parecem letras de música porque, para o artista Eduardo Dias, os “poemas de amor” devem ser versados “por uma linguagem simples e musical”. Nascido na “Terra dos Escritores” logo mostrou sua inclinação para as letras, atividade que se pôs a desenvolver, desde o ano de 1982, antes mesmo de trilhar o caminho musical. Cursou Direito pela Universidade Federal do Pará e logo após tornou-se estudante do Curso de Letras e Artes, podendo se dedicar à vocação de escritor. Assim, pode publicar uma série de obras poéticas em que o foco principal é o amor, abordado em suas diversas faces destaque para o amor entremeando a vivência do homem amazônico; esse amor descrito nos poemas trasam suas composições. Eduardo tem ao todo sete livros lançados: “Uma Vidal Viver” (1982), “De Proa” (1986), “Sinfonia dos Delírios” (1989), “A Sombra Oculta dos Mistérios” (1990), “Sonhos em Maresias”, “Poemas de Amor e Outras Canções de Amar” em que são reunidos versos que discorrem apenas sobre o amor; e “Nas Trilhas do Pingo D'Água”, seu trabalho mais recente.

 

Como poucos, Dias consegue congregar emoção, amor, ternura ao cantar histórias típicas do povo, fazendo resplandecer em cada verso o orgulho de ser da Amazônia, a paixão de ser paraense, e valorizando o que há de melhor na região: os rios caudalosos, a mata verde e exuberante, o caboclo, o boto, o boi-bumbá, o perfume da terra. Canta o Pará autêntico em seus ritmos, danças e lendas. Seu “canto é flor de sangue” seu “verso seiva de amor”. Eduardo consegue exprimir em tudo o que canta o fascínio próprio de quem ama o que faz. É Cantor, compositor e poeta. Versátil. Três figuras que se complementam de forma harmoniosa, incorporadas em um único ser: Eduardo Henrique Chaves Dias, ou simplesmente Eduardo Dias.

Por Manuela Carvalho Rodrigues - Pesquisa: coletada pela CMCTEL

Fale pelo Whatsapp
Atendimento
Precisa de ajuda? fale conosco pelo Whatsapp